25 de abril de 2008

Quando design e função não se harmonizam


Sandálias 'croc' causam acidentes e polêmica nos Estados Unidos Há diversos relatos de crianças que tropeçaram em escadas rolantes. Fabricante mais famosa diz estar ciente de 'alguns poucos' problemas.
Calçado da moda no Brasil, o modelo "croc" (aquela sandália feita de borracha e com fendas para ventilação) é motivo de polêmica nos Estados Unidos. Nas últimas semanas surgiram diversos relatos de crianças que se acidentaram ao utilizar o calçado, principalmente em escadas rolantes. No maior sistema de metro dos EUA – o metrô de Washington – já foram até colocados anúncios alertando os usuários sobre o uso desse tipo de calçado nas escadas rolantes. Os cartazes mostram a foto de um crocodilo, mas não mencionam o modelo "croc" diretamente. De acordo com os relatos que apareceram nos Estados Unidos e até em Cingapura e no Japão, os acidentes com pé preso acontecem devido a dois dos principais atrativos para a compra do produto: flexibilidade e aderência. Algumas pessoas afirmam que o calçado fica preso nos “dentes” no fundo ou na parte superior da escada rolante, ou mesmo na fenda entre os degraus ou na lateral das escadas rolantes.

A Crocs, empresa sediada no Colorado e responsável pelo produto original (hoje o calçado é feito também por imitadores, mas foi esse produto que deu o nome genérico ao calçado), afirmou que a empresa não mantém um registro dos motivos dos chamados ao serviço ao consumidor. Mas a companhia afirma estar ciente de “alguns poucos” problemas envolvendo acidentes ligados aos calçados, que são feitos de resina sintética macia. “Por sorte, acidentes em escada rolante como o de Virginia são raros”, disse a empresa num comunicado. A empresa se refere ao caso de Rory McDermott, um garoto de quatro anos que prendeu seu pé no mês passado. Naquela momento ele calçava um Croc numa escada rolante num shopping Center no norte da Virginia. Sua mãe conseguiu libertá-lo, mas a unha do seu dedão foi quase completamente arrancada, causando sangramento intenso. No começo, a mãe de Rory não tinha idéia do que poderia ter causado o acidente. Só mais tarde alguém no hospital comentou algo sobre o calçado de seu filho. Então ela começou a suspeitar dos Crocs e fez uma pesquisa na internet. “Cheguei em casa e escrevi num buscador na internet as palavras Croc e escada rolante e começaram a aparecer várias histórias parecidas”, disse Jodi McDermott, de Vienna, Vancouver. “Se eu soubesse disso antes, meu filho nunca teria usado esse calçado." Todos os relatos de ferimentos graves envolviam crianças pequenas.
Japão
No Japão o governo alertou os consumidores na semana passada de que já recebeu 39 relatos de sandálias – em sua maioria Crocs ou similares – ficando presas em escadas rolantes do fim de agosto ao início de setembro. A maioria desses relatos parece envolver crianças pequenas, algumas de até dois anos de idade. Kazuo Motoya, do Instituto de Tecnologia e Avaliação do Japão, disse que as crianças estão mais sujeitas a acidentes com escadas rolantes, em parte porque elas ficam “pulando quando estão de pé na escada rolante, em vez de ficar atentas ao lugar em que seus pés estão”.
Cingapura
Em Cingapura, uma menina de 2 anos de idade usando tamancos de borracha – a marca não foi identificada – teve seu dedão completamente arrancado num acidente com escada rolante no ano passado, de acordo com relatos da mídia local. Estados Unidos E no aeroporto de Atlanta um menino de 3 anos usando Crocs sofreu um corte fundo na parte superior de seus dedos em junho. Esse foi um dos sete casos de calçado preso em aeroportos desde o dia primeiro de maio e cinco deles envolviam Crocs, segundo Roy Springer, gerente de operações da empresa que administra o terminal. Uma loja norte-americana que atende ao público infantil, a subsidiária da Mattel chamada "American Girl", colocou cartazes em três locais diferentes dando instruções para que os clientes calçando Crocs ou sandálias semelhantes usem os elevadores em vez das escadas rolantes.
No maior sistema de metro dos EUA – o metrô de Washington – já foram até colocados anúncios alertando os usuários sobre o uso desse tipo de calçado nas escadas rolantes. Os cartazes mostram a foto de um crocodilo, mas não mencionam o modelo "croc" diretamente. De acordo com os relatos que apareceram nos Estados Unidos e até em Cingapura e no Japão, os acidentes com pé preso acontecem devido a dois dos principais atrativos para a compra do produto: flexibilidade e aderência. Algumas pessoas afirmam que o calçado fica preso nos “dentes” no fundo ou na parte superior da escada rolante, ou mesmo na fenda entre os degraus ou na lateral das escadas rolantes.
Fonte: Globo Notícias


A matéria acima, veiculadas em vários jornais, chama a atenção para o debate sobre design e função. Design é fundamentalmente função ou simplesmente estilo?
As sandálias “Croc” foram originalmente desenhadas para serem usadas em barcos, onde o piso é escorregadio. No entanto seu uso virou uma febre e se tornou generalizado em todo o mundo, sendo inclusive muito copiadas.
Muitas vezes o design de um objeto tem como finalidade dar-lhe uma aparência sofisticada e conquistar o consumidor, sua qualidade ou seu uso adequado no entanto não condizem com a realidade. Eu particularmente concordo que nem sempre a função determina a forma, pois a identidade do objeto fica limitada. No entanto deve haver uma “honestidade” com relação ao estilo e a funcionalidade de um objeto. O consumidor, leigo, vê apenas o estilo do objeto; quando acidentes como este envolvendo as sandális “Croc” acontecem, ficam evidentes falhas no projeto do produto, trazendo descrédito para o design. É necessário atingir maturidade para aliar, de forma honesta, função e estilo.


Valdecir xavier

20 de abril de 2008

Reflexão das Entrevistas

Refletindo as últimas três entrevistas que fiz (Estevam, Sylvio e Heitor), achei que foram extremamente produtivas.

produziram respostas muito interessantes. Enquanto o Sylvio e o Heitor voltaram mais para o design como algo socialmente responsável, o Estevam direcionou suas respostas para a sustentabilidade do designer.

Destaco a resposta que cada um deu para o que mais incomoda cada designer sobre o design de hoje (questão 4):
Heitor: a confusão de o que é Design, como qualquer obra de arte é confudido como "design"
Sylvio: a inovação somente para aumentar a escravidão do homem ao objeto
Estevam: a concorrência dos designers amadores.

Também acho interessante dos porquês cada um escolheu ser designers. Todos disseram que sempre amaram desenhar e criar. Então a profissão acabou sendo apenas uma conseqüência.
Todos também concordaram que o design está passando por mudanças muitas rápidas hoje.

Sinto que o design de hoje, por estar passando por mudanças, é díficil de definir com palavras exatas. Mas acho que está havendo uma maior conscientização dos designers sobre as suas funções sociais.

-Emerson Tanaka

Entrevista com Designer: Estevam Abe

Nome: Estevam Abe
Empresa: designea
Cargo: Sócio, professor da ESPM
Formação: FAU (USP)


Nesta última sexta-feira (18/04/08) tive outra oportunidade para entrevistar um designer, Estevam Abe. Ele é sócio de um escritório novo de design, chamado designea.Também é professor da ESPM. Anteriormente ele era chefe de equipe na Futurebrand BC&H.

Na entrevista, também foram produzidas várias respostas interesantes. Como homem de negócios, ele apresentou um outro lado imporante para o design: a sustentabilidade do design como profissão.

Q3: Quais são as qualidades essenciais para um bom designer?
Ele desenvolveu um tripé para a composição do bom designer:
1. o profissional tem que ser responsável com suas obrigações e ter alguma aptidão para o lado adiministrativo do design.
2. ser criativo. Essa criatividade pode ser adiquirida ao longo do tempo através da observação do mundo a volta.
3. ter um bom senso estético para saber o que está sendo produzido realmente será bom e bonito.

Q4: Comparando as diferenças do design de hoje e de alguns anos e até umas décadas atrás, que mudanças positivas e negativas ocorreram nessa área?
O Estevam destacou de como o trabalho do designer, em empresas, deixou de ser artesanal graças aos computadores. Mas também destacou o lado dessa mudança: grande parte dos designers pulam a parte do esboço no papel, que possibilitaria mais idéias boas serem produzidas. Ele também destacou de como o designer é muito mais reconhecido como profissional.

Q5: O que mais lhe agrada e incomoda sobre o design de hoje?
O que mais o incomoda é a como algumas pessoas aprendem como manuzear um programa gráfico e se entitulam "designers" e assim, degridem a imagem do designer e também gera concorrência com os escritórios sérios, apesar das diferenças na qualidade serem berrantes.

Q6: Qual sua expectativa sobre o design de amanhã?
Ele espera que o reconhecimento do designer continue a aumentar cada vez mais e que as empresas valorizem cada vez mais o seu "capital humano" ao invés dos computadores.

reflexão:
Achei interessante ele apontar para o lado da sustentabilidade do design como profissão. De como o design estar passando por uma mudança muito rápida (também mencionada pelo Heitor e o Sylvio). E os designers serem cada vez mais reconhecidos e participarem cada vez mais no planejamento das empresas.

-Emerson Tanaka

Entrevista com Designer: Sylvio de Ulhôa Cintra

Nome: Sylvio de Ulhôa Cintra
Empresa: Ulhôa Cintra
Cargo: Sócio, professor da USP
Formação: FAU (USP)

Na sexta-feira do dia 11 de abril tive a oportunidade de entrevistar o professor de design na USP, Sylvio de Ulhôa Cintra Filho.

Ele optou por responder as perguntas de forma mais livre. Ligando umas com as outras.

Entre suas respostas interessantes, destaco:

O prof. Sylvio disse que o design tem um compromisso com a ética e a estética de como o homem utiliza o espaço para transmitir suas idéias.
Antigamente, o design era muito ligado à inovação e ao artesanato e à industrialização brasileira. Hoje, existe uma mudança em direção à conscientização do consumo e à ecologia, gerando, assim, a auto-sustentabilidade.
Para ele, o que mais o incomoda com o design é a "inovação desnecessária, dispensável" que seria a "escravização do homem" ao objeto. Disse que se deve evitar a "novidade pelo consumo" mas buscar inovação para melhorar a forma de como o homem se relaciona como o seu meio.

Reflexão:
Eu achei muito interessante quando ele disse que hoje há muita "inovação desnecessária", voltado somente às vendas porque, além do Heitor também ter mencionado isso, existe sim um fundamento muito sólido. Em muitos projetos atuais vêmos somente a preocupação de vender ao invés de ser para a melhoria no relacionamento do homem com o seu meio.

-Emerson Tanaka

5 de abril de 2008

Entrevista com Designer: Heitor Siqueira

Nome: Heitor Piffer Siqueira
Empresa: FutureBrand BC&H
Cargo: Designer Sênior
Formação: Desenho Industrial (Mackenzie)

Nesta sexta-feira (dia 4/4/08) tive a ótima oportunidade de entrevistar Heitor Siqueira. Usei o questionário padrão desenvolvido pelo meu grupo:

Q1. Por qual motivo você escolheu a profissão de designer?
Q2. Ao longo da sua formação você chegou a refletir sobre o lugar do design dentro da sociedade? e hoje, você ainda reflete sobre isso?
Q3. Quais são as qualidades essenciais para um bom designer?
Q4. Comparando as diferenças do design de hoje e de alguns anos e até umas décadas atrás, que mudanças positivas e negativas ocorreram nessa área?
Q5. O que mais lhe agrada e incomoda sobre o desgin de hoje?
Q6. Qual sua expectativa sobre o design de amanhã?
Q7. Para você, o que é o design hoje?

É muito dificil apontar só uma boa resposta, por isso optei por sintetizar as principais:

Q2: Ele mencionou o manifesto de "First Things First", o mesmo que o professor pediu para que ler, que o ajudou no T.G.I em que ele descutiu o papel do designer gráfico na sociedade. E no começo da carreira, ele desenvolveu um projeto que ajudava cegos preencherem cheques. Ele citou duas coisas que vale a pena nós pesquisarmos mais a fundo: um escritório canadense "Work Worth Doing" e os trabalhos do Bruce Mau que têm como fundamento projetos com responsabilidades sociais.

Q3: Ele determinou que para ser um bom designer, precisamos saber sobre conceituação do mundo atual e também ser mais que designer, por exemplo, ter características administrativas.

Q6: Ele tem a esperança de que no futuro trabalhos como o do Bruce Mau e de escritórios como o "Work Worth Doing" sejam mais freqüente e que, no aspecto mercadológico, haja maior participação de designer como um consultor de comunicação.

Q7: Para ele, o Design é muito focado no aspecto mercadológico em que empresas investem muito por que sabem o retorno do valor investido. Ele também destaca que os designers já são reconhecidos por seu estilo diferente de pensar.

Felizmente, pude filmar a entrevista, produzindo respostas mais esponâneas e muito mais interessantes. Não acho interessante postar os vídeos aqui por questão de privacidade do entrevistado e do tamanho dos arquivos. Mas caso algum grupo deseje ter acesso às gravações, peça a mim e eu pedirei permissão para o Heitor.

Reflexão:
Achei a entrevista muito interessante pois provou que os designers não "só desenham", eles têm consciência das suas responsabilidades sociais. O bom designer pensa além do processo de elaboração do projeto; eles sabem como esse projeto afetará e como pode ser benéfica para a sociedade, por exemplo o projeto para cegos que o entrevistado elaborou.

Baseado nas respostas do Heitor, tenho a impressão de que o design de hoje está passando por um processo de transformação em que a consciência tanto ambiental quanto social está cada vez mais determinante/influente nos projetos.

-Emerson Tanaka

4 de abril de 2008

Andamento da Pesquisa: Visita ao Instituto Tomie Ohtake

No dia 23/03 fui à exposição “Todos os Olhares” do fotógrafo Cristiano Mascararo realizada no Instituto Tomie Ohtake.

Antes de mais nada, gostaria de falar sobre a reflexão que tive enquanto aproximava-me deste prédio monumental que é o Instituto Tomie Ohtake.
Passando
pela avenida Faria Lima, é inevitável ficar boquiaberta quando fica de cara a cara com esta construção “cobra coral rosa choque”. Como qualquer outra obra do arquiteto Ruy Ohtake (filho da Tomie), o mesmo que fez o projeto do Hotel Unique (famoso “hotel melancia”), o prédio em si, sem dúvida, é uma arte a ser contemplada. Porém já a alguns anos que os moradores da região manifestam o desconforto causado pelo reflexo da parede rosa deste instituto. E então penso: qual é a função social de um arquiteto?

Esta reflexão serve tanto para um designer quanto para qualquer outro profissional. Acredito que estamos vivendo na era em que o bem estar social e o desenvolvimento sustentável deva prevalece acima de tudo e qualquer luxo ou arte. Assim creio que DESIGN HOJE é a transformação sustentável da natureza conforme a necessidade humana.

Desta forma, essa visita foi bem produtiva mesmo antes de eu colocar os meus pés no Instituto Tomie Ohtake.















Desenho em grafite em frente ao Instituto Tomie Ohtake. Cria um espaço onde não há espaço. Uma solução para limitado planeta Terra que agrega uma população que não para de crescer.


Agora vamos falar da exposição do Cristiano Mascaro.
Eu sempre gostei muito
de fotografia, gosto de saber como as pessoas enxergam o mundo, captam o momento e transmitem informações. Tenho inveja de pessoas que conseguem ter olhar diferenciado. E é incrível como este fotógrafo enxerga o mundo, as coisas e as pessoas. Através da lente dele o minhocão, aquele lugar caótico e feio, é retratado como uma composição artística entre céu, cidade e asfalto.


São lugares que você teoricamente conhece, mas não reconhece porque o pequeno parece gigante e o grande parece miniatura. Não vou descrever sobre todas as fotos, mesmo porque é impossível, tem coisas que são incompreensíveis ao meu olhar também. (vou postar algumas fotos da exposição que achei na internet, mas infelizmente não achei a imagem do Minhocão...)

O que eu tenho percebido nessas visitas ao museu e exposições é que eu preciso ter mais contato com arte, imagens, músicas e tudo o que estimula o nosso sentidos. Gosto é algo que se adquire e precisamos aprender a observar, olhar, sentir e compreender sobre todo o que está ao nosso redor. Como futuros designer precisamos saber materializar nossas idéias, pesquisar e conhecer um pouco de tudo que já foi transformado e produzido pelo homem e inovar. Acredito que DESIGN HOJE precisa mais do que nunca olhar para o passado, sentir o presente e projetar o futuro.

- Camila May

Entrevista com Designer: Thiago Honório

A entrevista foi feita com Thiago Honório, graduado em Design Gráfico pelo Centro Universitário Belas Artes, em 2007. Fez também técnico em Design Gráfico na ETE José Rocha Mendes. Thiago trabalha na agência A1. Brasil, na área de internet.
http://www.thiagohonorio.com/

Q1. Por qual motivo você escolheu a profissão de designer?
Eu acho que fui escolhido, eu comecei a trabalhar como "web designer" muito jovem, com 15 anos. Na primeira empresa onde trabalhei fui aconselhado a fazer um curso de desenho e redescobri uma paixão, comecei a estudar e vi que precisava ir além do traço, que precisava de teoria pra chegar a uma direção de arte.

Q2. Ao longo da sua formação você chegou a refletir sobre o lugar do design dentro da sociedade? E hoje, você ainda reflete sobre isso?
Ah sim, claro. Durante o curso técnico de Design Gráfico fui apresentado ao grande leque de aplicações do design nessa área e nos 2 primeiros anos da faculdade tive contato com alguns processos do design de produto. Design está em tudo é a conclusão que eu chego toda vez que reflito sobre o assunto.

Q3. Quais são as qualidades essenciais para um bom designer?
Curiosidade e prática. Praticar design é uma tarefa dificil, estar a par das novas técnicas, tecnologias e necessidades do mercado e estar pronto para atendê-las é resultado dessas duas qualidades do meu ponto de vista.


Q4. Comparando as diferenças do design de hoje com os de apenas alguns anos e até de algumas décadas atrás, que mudanças positivas e negativas ocorreram nessa área?
Bom, eu não tenho décadas no mercado ainda, mas posso falar pelo que estudei. Acho que as principais mudanças se deram no suporte, no desenvolvimento da tecnologia. Tanto para o mercado gráfico quanto para o de produto. Impressões mais rápidas, materiais mais resistentes e que atendem a novas necessidades por exemplo. Negativo talvez seja a facilidade e banalização de "ser designer" e a falta de tato, de trabalho manual.

Q5. O que mais lhe incomoda e mais agrada no design atual?
No mercado de design? Eu acho que me incomoda essa banalização que citei e me agrada ver o crescimento do mercado, novas possíbilidades para os profissionais da área.

Q6. Qual a sua expectativa para o design de amanhã?
Eu acho que as tecnologias vão ditar novos padrões e o "traço" vai ser um diferencial. O mercado de luxo tem crescido muito e acho que esse é um espaço para o designer com um perfil mais "artístico" mas acho que a grande maioria deve se ater as novidades do mercado. Na minha área, internet, mesmo os que tem o perfil artista deve estar atento a tecnologia, inclusive o que não diz respeito a design. É como um designer de automóveis, que deve - na minha opinião - entender de todo o processo de fabricação, de mecanica, de materiais etc.


Q7. Para você, o que é design hoje?
É engraçado pensar na amplitude como o termo vem sendo usado. Não é raro encontrar "Hair Designers" pelas ruas, mas esses são designer que eu não acredito.Para dizer designer em espanhol usa-se desiñador, em inglês design é usado muitas vezes como projeto. Pra mim design é(espero que hoje, como ontem e amanhã) projeto, como você desenha toda uma expectativa em cima de um produto. Como você projeta essa expectativa e transforma em cores, formas, conforto, adequação etc.


Valdecir Xavier