5 de abril de 2008

Entrevista com Designer: Heitor Siqueira

Nome: Heitor Piffer Siqueira
Empresa: FutureBrand BC&H
Cargo: Designer Sênior
Formação: Desenho Industrial (Mackenzie)

Nesta sexta-feira (dia 4/4/08) tive a ótima oportunidade de entrevistar Heitor Siqueira. Usei o questionário padrão desenvolvido pelo meu grupo:

Q1. Por qual motivo você escolheu a profissão de designer?
Q2. Ao longo da sua formação você chegou a refletir sobre o lugar do design dentro da sociedade? e hoje, você ainda reflete sobre isso?
Q3. Quais são as qualidades essenciais para um bom designer?
Q4. Comparando as diferenças do design de hoje e de alguns anos e até umas décadas atrás, que mudanças positivas e negativas ocorreram nessa área?
Q5. O que mais lhe agrada e incomoda sobre o desgin de hoje?
Q6. Qual sua expectativa sobre o design de amanhã?
Q7. Para você, o que é o design hoje?

É muito dificil apontar só uma boa resposta, por isso optei por sintetizar as principais:

Q2: Ele mencionou o manifesto de "First Things First", o mesmo que o professor pediu para que ler, que o ajudou no T.G.I em que ele descutiu o papel do designer gráfico na sociedade. E no começo da carreira, ele desenvolveu um projeto que ajudava cegos preencherem cheques. Ele citou duas coisas que vale a pena nós pesquisarmos mais a fundo: um escritório canadense "Work Worth Doing" e os trabalhos do Bruce Mau que têm como fundamento projetos com responsabilidades sociais.

Q3: Ele determinou que para ser um bom designer, precisamos saber sobre conceituação do mundo atual e também ser mais que designer, por exemplo, ter características administrativas.

Q6: Ele tem a esperança de que no futuro trabalhos como o do Bruce Mau e de escritórios como o "Work Worth Doing" sejam mais freqüente e que, no aspecto mercadológico, haja maior participação de designer como um consultor de comunicação.

Q7: Para ele, o Design é muito focado no aspecto mercadológico em que empresas investem muito por que sabem o retorno do valor investido. Ele também destaca que os designers já são reconhecidos por seu estilo diferente de pensar.

Felizmente, pude filmar a entrevista, produzindo respostas mais esponâneas e muito mais interessantes. Não acho interessante postar os vídeos aqui por questão de privacidade do entrevistado e do tamanho dos arquivos. Mas caso algum grupo deseje ter acesso às gravações, peça a mim e eu pedirei permissão para o Heitor.

Reflexão:
Achei a entrevista muito interessante pois provou que os designers não "só desenham", eles têm consciência das suas responsabilidades sociais. O bom designer pensa além do processo de elaboração do projeto; eles sabem como esse projeto afetará e como pode ser benéfica para a sociedade, por exemplo o projeto para cegos que o entrevistado elaborou.

Baseado nas respostas do Heitor, tenho a impressão de que o design de hoje está passando por um processo de transformação em que a consciência tanto ambiental quanto social está cada vez mais determinante/influente nos projetos.

-Emerson Tanaka

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